domingo, maio 13, 2007

As tuas mãos

Olho ainda, e sempre, as tuas mãos. As tuas dúplices mãos – indecisas e vorazes, devastadoras e leves, lentas, imprecisas. O que desejo é sobretudo o que, antes de ti e depois de ti, as tuas mãos desejam em mim.

Os teus olhos assim

Olhar os teus olhos assim: sabendo que, olhando-me, procuram em mim o que em ti mesma desejas. Como se apenas pudesses tocar-te verdadeiramente quando me tocas.