Só para rever a matéria
O corpo é sempre o objecto do desejo. Nada existe sem isso mesmo – sem o corpo, sem uma coxa ou a curvatura dos ombros, sem o sexo, sem os lábios, sem umas nádegas arrogantes, voluntariosas, indóceis. O segredo da Arte suprema do esgarçanço, no entanto, passa pela libertação desse peso, dessa materialidade rasteira e lodosa (oh, e das palavras, sobretudo de não sermos obrigados a ouvir-lhes as frases e os gemidozinhos simiescos) . Daí que a pívia possa não significar absolutamente nada no caminho do Segredo, sendo certo que tudo aí começa por se decidir no preciso instante em que o adolescente tem diante de si dois caminhos: o da vazão ao intenso pulsar do desejo, esfolando o ceguinho como quem se liberta duma doença de pele; e o da laustríbia, que parte do corpo para chegar além dele.
Os Sectários há muito que se libertaram desse pulsar em que a segóvia não é mais que uma espécie de terapia de substituição daquilo a que vulgarmente designamos por «sexo» - e que melhor se resolveria numa casa de putas de fronteira a abanar o cu e a fazer aquelas figuras que se sabe antes de puxar da carteira e apertar o cinto das calças.
Os Sectários há muito que se libertaram desse pulsar em que a segóvia não é mais que uma espécie de terapia de substituição daquilo a que vulgarmente designamos por «sexo» - e que melhor se resolveria numa casa de putas de fronteira a abanar o cu e a fazer aquelas figuras que se sabe antes de puxar da carteira e apertar o cinto das calças.
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