Bater no ceguinho
Hoje, logo de manhã, toquei uma punheta automática. Daquelas de bater no ceguinho, de esmoucar o piloto, de esgalhar o pessegueiro. Nenhum esforço intelectual, nenhum exercício literário me permitirão justificá-la à luz dos conceitos da suprema Arte da laustríbia. Foi só uma punheta, ponto final. Envergonha-me, sim. É um bocadinho degradante, depreciativo - quase roça a infâmia. Mas - oh, tenho que reconhecê-lo - soube-me bem, soube-me de primeira - e é como se tivesse que ser aquilo que efectivamente foi. Enfim, mais coisa menos coisa - é a vida...
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