quinta-feira, setembro 22, 2005

Pecador me confesso

A Arte do Segredo a isso nos leva: ao sublime prazer já quase afastado do tempo e da matéria - de tão desprendido que fica do peso dos corpos. O carai é que tudo releva do corpo, da matéria porosa de que lentamente os sectários procuram distanciar-se: da curva dos ombros, da cintura, da copiosa perna, do seiozinho fabular. Por isso às vezes apetece tanto a foda, o desentranço - quando estamos fracos, quando por um instante descremos. É esse o dilema - ou é esse o perigo da remissão: entre a pulsão e a pulsação.

Seja como for: a regra só existe com a ressalva: a foda, de tempos a tempos, nas pausas de me entregar de todo à laustríbia singular, é a minha punheta. Confesso. Mas isso também, esse estorvo, no caminho da perfeição, e em seu nome, procuro corrigir. Juro pela coca-cola e pela TVI.