segunda-feira, setembro 19, 2005

Os riapinhas da pívia

Que um gay seja perseguido ou de qualquer forma prejudicado por ser gay – é coisa do Neolítico. Que um gay venha para as avenidas das cidades, aos beijos e despindo-se ou vestindo túnicas amarelas, proclamando aos berros o orgulho em ser gay – peraí. Mal acomparado, era como se os meninos do grupinho Riapa que andam a saltitar nas caixas de comentários dos blogs, ou os seguidores da Quitéria Barbuda, que também lá andam, se fossem manifestar no Largo do Carmo a proclamar o orgulho na punheta diária que tocam às escondidas a ver revistas, salivando, com a língua de fora, arregaçando o piroco por falta de sexo propriamente dito nos intervalos de redigir manifestos de louvor ao saudoso Professor de Coimbra.

Aos Riapinhas, pois, agradece-se-lhes muito, por uma questão de higiene, que não venham para a rua com as botas da tropa, com o cabelinho rapado, com a suástica da tatuagem, muito campanudos, orgulhosos, a esgarçar nas pilas.