O tempo, 2
«Porque lhe terá ela dito que não tinha a chave? Porque não lhe terá explicado logo que já ninguém fecha o pavilhão? É tudo preparado, fabricado, artificial, é tudo encenado, nada há que seja franco, ou, por outras palavras, tudo é arte; neste caso: arte de prolongar a suspensão do tempo, melhor ainda: arte de persistir o mais longamente possível no estado de excitação.»
[Milan Kundera, A Lentidão, ed. ASA, 1995]
[Milan Kundera, A Lentidão, ed. ASA, 1995]
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