A gente bem quer ver se as encaminha...
Confesso que fiquei logo de pé atrás quando soube que a menina era muito lida no Chomsky. Enfim, um descalabro: só queria foder... Saíamos pela primeira vez, é verdade, e eu acreditava ter ainda tempo para a disciplinar um pouco. Um pouco hoje, um pouco no encontro seguinte – o tempo ensina-nos que as coisas, em havendo tempo, com o tempo vão. Qual quê? Levou-me logo ao apartamento (um apartamento reles, pomposo, com uma espécie de mantas mexicanas a fazer de cortinados e artesanato barato poisado nas estantezinhas de madeira tropical) e despiu-me com fúria (ela já estava quase despida no elevador, praticamente já só faltavam as cuecas – tirou-as mal deu a volta à chave por dentro). Pronto, querida, pronto, que não seja por isso (e até nem seria dos fretes piores, aqui pra nós, se a moça não guinchasse desalmadamente como se lhe faltasse o óleo nos amortecedores – porque não lhe faltava mais nada)... Pronto, pronto, que já tacalmas...
Deixámos o quarto (uf!), tirou do frigorífico uma garrafa de sumo cor de rosa, sentámo-nos num tapete colorido da sala (ela, meu deus, de roupão; o monograma com as inicias do nome...), aturei-lhe meia dúzia de enunciados teóricos sobre o cinismo global (salvo erro) e a gramática generativa não sei quê – e, como quem não quer a coisa, puxei a conversa ao terreiro da suprema Arte, embora já sem esperanças de que, nestas coisas do masturbo, alguma vez tivesse passado da fase piveteira de puxar o lustro à concertina. Pois a mocinha corou – inquieta, irrequieta, desassossegada, muito vermelha nas fauces... A mesma catraia que, com um à vontade impressionante, acabara de me pedir que lho encabasse no olho; a artista que guinchava sem pudor, cerrando os olhos com muita força a dilatar as narinas; pois esta mesma criatura ficava agora sem jeito porque o assunto não era (ah, já me lembro...) a teoria da gramática generativa transformacional mas, pasme-se, a masturbação, a Arte do esgarçanço, a laustríbia...
Estas estudantes de Letras, ui, ui, só sabem foder – haja quem as ature.
Deixámos o quarto (uf!), tirou do frigorífico uma garrafa de sumo cor de rosa, sentámo-nos num tapete colorido da sala (ela, meu deus, de roupão; o monograma com as inicias do nome...), aturei-lhe meia dúzia de enunciados teóricos sobre o cinismo global (salvo erro) e a gramática generativa não sei quê – e, como quem não quer a coisa, puxei a conversa ao terreiro da suprema Arte, embora já sem esperanças de que, nestas coisas do masturbo, alguma vez tivesse passado da fase piveteira de puxar o lustro à concertina. Pois a mocinha corou – inquieta, irrequieta, desassossegada, muito vermelha nas fauces... A mesma catraia que, com um à vontade impressionante, acabara de me pedir que lho encabasse no olho; a artista que guinchava sem pudor, cerrando os olhos com muita força a dilatar as narinas; pois esta mesma criatura ficava agora sem jeito porque o assunto não era (ah, já me lembro...) a teoria da gramática generativa transformacional mas, pasme-se, a masturbação, a Arte do esgarçanço, a laustríbia...
Estas estudantes de Letras, ui, ui, só sabem foder – haja quem as ature.
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