Como se fosse
Yasunari Kawabata, em Chá e Amor (Ed. Vega, 1996), descreve-nos a relação de Kikuji com a senhora Ota – vinte anos mais velha que ele. E conta que Kikuji, dum modo geral, «sentia-se sujo, manchado, após o encontro com uma mulher». Mas com a senhora Ota – não obstante a sua longa, muito longa e demorada experimentação nas coisas do amor – sentia sempre que era como se estivesse «a possuir uma mulher pela primeira vez».
Eis o verdadeiro segredo (e nem sempre, haverá que reconhecê-lo, se consegue apenas num esgarçanço): como se fosse (não sendo) a primeira vez.
Eis o verdadeiro segredo (e nem sempre, haverá que reconhecê-lo, se consegue apenas num esgarçanço): como se fosse (não sendo) a primeira vez.
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