segunda-feira, novembro 07, 2005

Os gaioleiros, coitados

Os riapas continuam a escrever nas caixas de comentários da Seita. Que bom termos sido exactamente nós os escolhidos pelos riapinhas para assistir à sua auto-destruição em directo. Eles escrevem, escrevem, e as suas palavram ficam às vezes cinco minutos, às vezes dez, às vezes um dia, às vezes um dia e meio, assim, suspensas nestes fios frágeis do mundo virtual. Depois, como éter que são, voláteis, desaparecem para sempre (eles, riapinhas propriamente ditos, e as suas frases), como se uma entidade abstracta as excluísse (às suas frases) definitivamente, a vassoura de giesta, e as empurrase, como lixinho que são, para o balde de lixo da estória. Chega a ser comovente: meninos da outra banda em busca de conseguirem mais que soletrar banalidades tardias, muito dados à punheta de querer assim à força de bater no ceguinho mudar o mundo, a sujeitarem-se nas caixas de comentários à confirmação da sua tão patética empresa. E a nós, oh, acredite-se, não nos desagrada assistir e, mais que assistir, ser cúmplices desta espécie de implosão ideológica que só não faz barulho ao acontecer por não haver neles (riapas), nem nas suas frases, nada especial de combustível que possa sequer fazer «pum».