Que se o pedires
[poema apócrifo, um quanto totó, pseudo-modernista, sub-romântico]
Eu gosto do teu corpo porque é teu.
Eu gosto dos teus braços porque tu
é neles que me abraças tanto. E eu
quero é que me abraces: quero-te nu
só porque quero que me abraces tanto.
E quero-te só meu. Que sejas meu.
Que o ar que respirares, de eu te querer tanto,
nos una em ser de ti o que é já meu
e teu o que tu fores em mim: pois tudo
é pouco, sendo tanto, o que me deres.
Por isso permanece. Nunca mudes.
Que se o pedires eu mudo, se quiseres,
os meus piores defeitos em virtudes.
Porque por ti, amor, eu faço tudo.
Eu gosto do teu corpo porque é teu.
Eu gosto dos teus braços porque tu
é neles que me abraças tanto. E eu
quero é que me abraces: quero-te nu
só porque quero que me abraces tanto.
E quero-te só meu. Que sejas meu.
Que o ar que respirares, de eu te querer tanto,
nos una em ser de ti o que é já meu
e teu o que tu fores em mim: pois tudo
é pouco, sendo tanto, o que me deres.
Por isso permanece. Nunca mudes.
Que se o pedires eu mudo, se quiseres,
os meus piores defeitos em virtudes.
Porque por ti, amor, eu faço tudo.
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