O chuveiro
Jorge Luís Borges (cf. A Seita de Fénix, in Ficções) diz que «não há templos dedicados especialmente à celebração» do culto da gaiola. Mas que «uma ruína, uma cave ou um saguão são julgados lugares propícios». Claro que sim. O chuveiro, no entanto, propicia aos Cultores do Segredo uma arena ímpar: diariamente, antes de mais nada, antes ainda de olhar pela janela a ver se o dia nasceu claro ou com algumas nuvens, estica-se a munheta enquanto a água começa a cair. O resto, enfim, é como diz o outro: em qualquer lugar a estivo...
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