quinta-feira, novembro 25, 2004

Os colégios internos

«O Onanismo é o desporto dos imbecis» (cf. cartaz pendurado numa das salas do Colégio onde decorre boa parte da acção de uma das obras-primas da literatura portuguesa de todos os tempos: «A Noite e o Riso», de Nuno Bragança).

Compreende-se: em poucos sítios do mundo se estica tanto o balustre como nos colégios internos; o pânico dos educadores é esse: que as boas almas se percam na descoberta de que a liberdade individual é uma conquista irredutível.

Pior que o masturbo, pois, só a arte abstracta e a leitura de autores que nos ensinam que o mundo em que vivemos é apenas uma parte insignificante do mundo em que podemos viver. Não será por acaso que Cervantes e Borges chegaram a constar das primeiras linhas do Index do Colégio D. Diogo, em Braga, ou que o professor de Desenho (naquela altura dizia-se assim) falasse em «picassadas» como sinónimo de «obra que não tem ponta por onde se lhe pegue».

Como dizia o poeta Eduardo Guerra Carneiro, Isto Anda Tudo Ligado...

Amouchar

Já que os colégios internos vêm a talhe de foice: num colégio de Santo Tirso – curiosamente muito frequentado por uns robustos rapazes de terras do Barroso que, em regra, não chegavam ao segundo período sem uma ordem de expulsão que não admitia o direito do contraditório – vulgarizou-se uma expressão interessante para designar a pívia: «Amouchá-lo».

Imaginem a coisa na pronúncia original daquelas cercanias remotas: «desculpai-de, rapazes; bou ali amoutxá-lo, djá banho»...

Adenda

«Cercanias remotas»... Bem me parecia que já cá estava a faltar um oxímoro...

quarta-feira, novembro 24, 2004

Olha o gaioleiro

É conhecida a nossa indiferença (o nosso, enfim, pouco apreço intelectual) pela pívia e pela gaiola. Nada de ressentimentos ou más consciências: é apenas porque os piveteiros e os gaioleiros não aspiram à Arte, agarrados que estão, em ambos os casos, ao peso da materialidade mais rasteira.

Corrija-se: os piveteiros ainda estão agarrados ao corpo – náo é grave. Muitas vezes trata-se de um estádio transitório e muitos dos sectários evoluirão a prazo para o esgarçanço e para a suprema Arte. Quanto aos gaioleiros é que não há nada a fazer: nunca desunharam uma pívia – ou, quando, muito, passaram de imediato da fase da pívia (onde se detiveram por logros que seria agora ocioso explicar) para a fase da gaiola. E daí ninguém regressa.

Ora é preciso esclarecer que a etimologia do gaioleiro não está directamente relacionada com a ideia de jaula ou cárcere. Em boa verdade, daí decorre por via indirecta.

Então é assim: «tocar uma gaiola» (ou, mesmo, «fazer uma gaiola») é uma expressão que se começa a vulgarizar em finais do século XIX, e designa, inicialmente, a prática da masturbação enquanto mecanismo de substituição do sexo; por razões de contiguidade sociológica (fiquem os termos: não se pode explicar tudo duma vez tintim por tintim), o «gaioleiro» passou a ser acrescidamente conhecido como aquele que, nos espaços do humilde masturbo, levava no cu. A vulgarização do termo tem raiz territorial nas zonas de expansão urbana da cidade de Lisboa que ocorrem entre inícios do último quartel do século XIX e finais do primeiro quartel do século XX, estando associada, em termos urbanísticos, aos chamados «prédios de rendimento» implantados em particular nos eixos das Avenidas de Ressano Garcia e AlmiranteReis. Aliás, ainda hoje esses prédios (uma espécie de pré habitação social) são designados por «gaioleiros».

Não estão devidamente clarificados os aspectos que se prendem com as formas de contaminação linguística. A questão é simples, e portanto complexa: por um lado, os prédios são assim designados em resultado do elevado índice de «gaioleiros» que albergavam; por outro lado, os «gaioleiros» são assim designados em resultado do nome atribuído aos prédios «de rendimento» que habitavam...

Seja como for, a degradação (física e espiritual), o abandono e a ruína, são aspectos comuns a ambos os conceitos. E ainda hoje, de alguém que vive ali pela Almirante Reis, é costume dizer-se: olha o gaioleiro...

terça-feira, novembro 23, 2004

O Aleph, 2

para a Lucia-Fera

O Aleph é um ponto que contém todos os pontos. Borges e Carlos Argentino Daneri viram o Aleph – ou seja, «o lugar onde estão, sem se confundirem, todos os lugares do mundo, vistos de todos os ângulos». Mas a velha casa da rua Garay foi demolida no século passado, no início da década de quarenta. É improvável, pois, que a mais alguém seja dado ver o Aleph (não obstante as provas de que existirá um Aleph no interior de uma das colunas de pedra da mesquita de Amr, no Cairo) .

Mas os cultores do Segredo (alguns, raros) conhecem o Tlazolteotl (termo de obscura origem azteca), que em certos aspectos apresenta semelhanças com o conceito de Aleph: o Tlazolteotl corresponde ao instante em que, durante o esgarçanço, sentimos que todas as mulheres do mundo nos pertencem. Existem poucas descrições desse instante mágico, como é óbvio: poucos o atingiram verdadeiramente. Mas sabe-se que quem atingiu o Tlazolteotl deixa de pertencer à Seita de Fénix: porque nesse instante, nesse momento único e irrepetível, possuímos todas as mulheres do mundo: a partir daí não nos é dado o dom do sobressalto e do êxtase, pela simples razão de que tivemos nas mãos (isto é um modo de dizer...) O sobressalto e O êxtase.

Compreender-se-á, pois, que há quem passe uma vida inteira à procura do Tlazolteotl (o nosso Aleph) - e, simultaneamente, tema encontrá-lo...

segunda-feira, novembro 22, 2004

Aleph, 1

Lucia-Fera, um demoniozinho do incontornável in-cool-2-much, vem à caixa de comentários dizer que, seita por seita, prefere a do Aleph. Já se tinha explicado aqui que as leitoras da Fénix andam com nervoso miudinho. É normal: o culto do Segredo é uma das nossas más consciências. Acontece que o Aleph não tem sectários – por razões óbvias, de resto. Não podíamos, pois, deixar de nos virmos aqui esclarecer a coisa. No próximo post, depois de estivá-la mais umas poucas de vezes, retomaremos o assunto: descanse, Lucia-Fera: há-de perceber, não tarda, o quanto custa saber que o mais certo é o Aleph estar-nos vedado para sempre: não pense que é por causa das vastidões da África sub-sahriana, da exuberância do Amazonas ou dos canais de Aveiro ou de Veneza que lamentamos essa impossibilidade: já sabe que as nossas preocupações são outras...

Até já...

sábado, novembro 20, 2004

A orbe

Borges não escreveu todos os livros. Os livros já editados. Os livros a editar. Palavra por palavra. Frase por frase. Limitou-se a enunciá-los. Os livros. Os livros todos. Só isso. Não é muito. Não é pouco. É só o mundo. Os seus labirintos, os seus rios subterrâneos, as suas águas, as suas raízes, as suas árvores, as suas vozes, os seus vestígios, os seus nomes, os seus mapas, os seus desígnios, o seu fogo, a pedra indizível, a neve do ártico, as areias incandescentes, as nuvens exasperadas de junho, o azul, as suas insustentáveis labaredas.

Os desertos

Toco a tua pele. Os seus poros ficam agarrados aos poros das minhas mãos. E é como se pudesse guardar nas minhas mãos esse calor, esse fogo breve, esse lume, essa luz que vem dos desertos. Como se as tuas mãos pudessem perten ser-me.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Nos virmos aqui

As meninas (v. comentários) parece que andam, com perdão da geografia, um bocadinho desorientadas. Talvez convenha, pois, começar a esclarecer. E então é assim:

1º O mastruçanço é aquilo que se sabe e dispensa descrições: tem a ver com a estimulação dos genitais até, em regra, se chegar ao orgasmo.

2º O mastruçanço, de um modo geral, está associado à auto-estimulação («eu cá me entendo sozinho, graças a deus», é uma expressão conhecida dos sectários) – o que não exclui, claro, a possibilidade do seu exercício em parelha ou, mesmo (v. descrições de Ninctafur, versículo 12, secção G), em grupos alargados.

3º O mastruçanço, etimologicamente, significa obcecação com algo (daí, adiantemos desde já, decorre directamente o exercício da pívia).

4º Numa perspectiva, digamos, literária, o mastruçanço está ligado à ideia de esforço intelectual inconsequente («nem imaginas, meu, que quanto mais pensas ou te concentras mais merda produzes»).

5º Da execução do rito (convém ter presente que o culto do Segredo é anterior a todas as formas de comunicação e aos vírus da linguagem) nasceram as expressões latinas masturtiu, nasturtium e torquere – que, simplificando, remetem para as ideias de nariz, olfacto e torcer (e daí que os cultores do Segredo, por via de indevidas apropriações etimológicas, sejam também designados - cf., nomeadamente, Aldesgarçus Altinus - por torcionários nasturientes).

6º O mastruçanço, na sua forma original, é a resposta mais ou menos indirecta, mais ou menos elaborada, a uma pulsão hormonal que, como seria de supor em épocas e sociedades pré-industriais, se resolvia manualmente – ou, mais propriamente, pelo método que os gregos designavam por egkheirídion.

7º A Seita de Fénix (ou da Fénix, como Borges sugere – cf. Ficções) congrega sectários com pulsões, pulsações, estímulos ou desígnios diversos.

8º A pívia, ou gaiatada (há regras gerais – convém não nos perdermos em conceitos que remetem, em grande parte dos casos, para estereótipos excessivamente simplificadores) corresponde à resposta primária a estímulos hormonais. Ex: «ai deixa-me arregaçá-la, oi, ei, que as coxas, oi, da minha professora de Física devem ser mais firmes que os alicerces, ai, ui, do edifício das Finanças», ou «ai, ui, que aquela tenista se me agarrase mas era na gaita em vez da raquete...».

9º A gaiola corresponde a uma fase decrépita da pívia: executa-se por norma e calendário, já nem obstinadamente, e com base em imagens que vão de pares de mamas sem gafa a cuecas de meio metro quadrado de tecido penduradas nos arames dos pátios. Há quem passe directamente da fase da pívia à fase da gaiola. E há quem, nesta desiganação («gaioleiros»), aproveite para incluir os homossexuais passivos. Adiante, portanto... (Embora alguns jovens machos fiquem todos inchados quando se lhes pergunta se «andam com a gaiola em dia», sem compreenderem que, na realidade, se lhes pergunta «se têm levado no cu com frequência»...).

10º O esgarçanço, por sua vez, corresponde a um estado superior do mastruçanço. É ele – e não a pívia ou a gaiola (deus nos perdõe) – que nos move. Dele – da verdadeira Arte do Segredo – continuaremos a dar conta. E só por isso, meninas, nos continuaremos a vir a estas páginas – esperemos que merecendo o prazer da V/ companhia indispensável...

(Continua...)

quarta-feira, novembro 17, 2004

Comentários

A Seita de Fénix deve ser o único blog que, para produzir posts, precisa que, digamos, o estimulem - ou lhe dêem motivos para a auto-estimulação...

terça-feira, novembro 16, 2004

Desporto



A pívia corresponde a uma atabalhoada fase de resposta automática a estímulos hormonais. Não é bom que se prolongue no tempo. Porque o cultor do Segredo, do outro lado da fronteira, tem já à sua espera a promessa da arte subtil do esgarçanço. Mas a coisa está cada vez mais difícil. O ténis feminino, por exemplo, está a afastar do esgarçanço – mantendo-os na pívia e, na maior parte dos casos, daí remetendo-os directamente para a gaiola decrépita - alguns dos melhores espíritos de uma geração de que tanto se espera a bem da causa de Fénix e dos superiores interesses da pátria.

Enquanto estas desportistas pisarem os relvados, como raio se convence um adolescente a abandonar o automatismo de bater descontroladamente no ceguinho?

segunda-feira, novembro 15, 2004

O mundo real

«Contudo, como direi, apesar da intimidade do nosso abraço, o nosso amor tingia-se de tristeza, como se pairasse um pressentimento de dor próxima. Subitamente, era já manhã. O prado estava radioso e alegremente colorido, a floresta circundante requintadamente orvalhada e a luz do sol resplandecia na superfície da rocha. E ambos sentimos que era chegado o momento de regressar ao mundo real.»

[Cf. Arthur Schnitzler, A História de um Sonho. Relógio D’ Água Editores, 2001]

As mãos

O amor é contingente. O amor é um intervalo entre dois estados de razão. O amor não perdura senão de forma artificial. O amor verdadeiro vive no dilema de se saber efémero. O amor verdadeiro vive no dilema de ver-se consumir no fogo que o alimenta. O amor é a armadilha de quem não pode fugir-lhe.

E no entanto há quem consiga guardar nas mãos, para sempre, esse fogo.

domingo, novembro 14, 2004

Deixa-te estar

A dist ânsia aumenta o desejo. E eu não preciso que estejas comigo para cumpri-lo.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Vantagem

A masturbação não é nunca um acto solitário. Envolve, no mínimo, duas pessoas. Acontece que, em regra, uma delas não está presente.

Essa vantagem não é propriamente despicienda...

Como se fosse

Yasunari Kawabata, em Chá e Amor (Ed. Vega, 1996), descreve-nos a relação de Kikuji com a senhora Ota – vinte anos mais velha que ele. E conta que Kikuji, dum modo geral, «sentia-se sujo, manchado, após o encontro com uma mulher». Mas com a senhora Ota – não obstante a sua longa, muito longa e demorada experimentação nas coisas do amor – sentia sempre que era como se estivesse «a possuir uma mulher pela primeira vez».

Eis o verdadeiro segredo (e nem sempre, haverá que reconhecê-lo, se consegue apenas num esgarçanço): como se fosse (não sendo) a primeira vez.

quarta-feira, novembro 10, 2004

O que nos une

Os Cultores do Segredo espalham-se pela orbe em número virtualmente infinito. Quando assistimos a um jogo de futebol, quando nos sentamos na cadeira de um teatro, quando vamos às compras, percorre-nos sempre essa estranha sensação de sabermos, olhando os jogadores que se movimentam no relvado, os espectadores que aguardam o início da peça sentados na plateia, as senhoras que aguardam na fila para a caixa registadora, que essa coisa nos une, embora um código antigo nos impeça de confessá-lo: pertencemos todos à Seita de Fénix. Temos opiniões diferentes sobre a reeleição de Bush ou a pintura de Júlio Pomar, reagimos de modo diverso às notícias sobre o estado de segurança dos túneis ferroviários, toca-nos com intensidade diferente a audição de um Requiem: e no entanto – num saguão, numa casa de banho, numa ruína, num bosque, numa varanda nocturna – um mesmo afã nos uniu uma ou repetidas vezes enquanto executávamos – anonimamente – o sagrado rito.

Nunca nem

Ninguém confessa em público que arregaça o mastro ou puxa o lustro à concertina. Ninguém a esgarça. Claro: «nunca fiz nem volto a fazer tão cedo».

terça-feira, novembro 09, 2004

(Hoje é só poesia, pá, deixa lá)

Alguns dos contributos dos leitores não merecem ficar escondidos nas caixas de comentários. Lucia-Fera (do excelente in-cool-2-much) propõe-nos, em comentário à entrada anterior, um belíssimo poema de Mário Cesariny (Onan dos Outros, cf. O Virgem Negra). Menos a propósito, retribuímos com um dos nossos preferidos do autor da Pena Capital. Aí vão, aquele e mais este:

Onan dos outros

Onan dos outros! Ó deus que dás confiança
Só a quem já confia!
E não à morrente ou garça mão que se ansa
Varonil e vazia.

O Virgem Negra, tal me descobriram
Cincoenta anos depois,
Em minha infusão estou. Tombam, deliram
Em vão quantos seguiram

Minha viagem ao nunca ser dois.
No seu andor de luto e de desgraça
O Virgem Negra passa
Maior que todos os sóis.


You Are Welcome To Elsinore

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras noturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluços
ó espasmo só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar

sexta-feira, novembro 05, 2004

Gaioleiros

É um equívoco recorrente: este de se pensar que a masturbação é uma espécie de terapia de substituição do sexo. Duplo equívoco, aliás: primeiro, os cultores do Segredo esticam o saxofone pela importância e pelo valor que o esgarçanço detém em si mesmo; segundo, quem não fode não estica. De gaioleiros não se trata aqui.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Laustríbia

Pedro Mexia não gosta particularmente da palavra «punheta». Prefere «clavicórdio». E aproveita para recordar uma expressão deliciosa de Alexandre O’Neill: «esgaramantear uma laustríbia». Convém explicar, no entanto, que uma laustríbia se esgaramanteia apenas em honra de um tipo muito específico de senhora: a pseudo-intelectual boazonazeca que já leu efectivamente o Ulisses e que o puxa a despróposito, citando de cor o monólogo final e insistindo que o romance libertou os prosadores de todas as antigas amarras estilísticas... Já se vê que nem sempre a coisa dá pica. Que, portanto, não se esgaramanteia uma laustríbia assim por dá cá aquela palha.

Com estas senhoras (uma vez sem emenda...) mais vale aceitar o convite para «ir lá a casa ver uma segunda edição de Gente de Dublin» e, enfim, cometê-las quando se viram de costas sussurrando-lhes ao ouvido «ai minha Molly, minha Mollyzinha Bloom, minha putinha literata...». Até se passam... E poupa-se um esgarçanço que nunca haveria de nos levar longe.